sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Mercado. Um campo de batalha?


Como primeiro post deste blog, quero compartilhar com vocês um texto de Roberto Tranjan (para mim um mentor) que vai de encontro à minha visão de mercado. Não estou subestimando você leitor, mas como a proposta aqui é desconstruir certos paradigmas e formas de ver alguns conceitos, que mostrar que trata-se apenas de compreender o mercado de uma maneira diferente daquela que aprendemos na Era Industrial.

Lá, o mercado era um campo de batalha onde as empresas iam para guerrear umas com as outras na disputa de fatias cada vez maiores. O objetivo era conquistar um pedaço cada vez maior da pizza e, com isso, conseguir direitos do tipo: espoliar o cliente, acuar os fornecedores, sobrepor-se a quem quer que seja.

Não é sem motivo que muitos comparam o mercado com um oceano sangrento, e a comparação rendeu um dos melhores livros de estratégia que já li. “A Estratégia do Oceano Azul”. Que te ensina a tornar a concorrência irrelevante. Só este livro já renderia um post todo aqui no blog, mas vamos em frente.

É claro que você pode entender o mercado como um campo de batalha. Mas você pode entender o mercado também como um lugar de gente querendo contribuir com gente. O grande desafio está em conquistar a mente e o coração do nosso cliente e isso está mais para o amor do que para a guerra. E ver o mercado desta forma faz toda a diferença na hora de estabelecer as estratégias e conceber o negócio.

Quando entendemos o mercado como um lugar de contribuição, começamos a compreender o verdadeiro papel de uma empresa, que deixa de ter um foco apenas mercantil e de lucro a qualquer preço. A empresa é a maneira pela qual nós fazemos os negócios funcionarem. E negócio é cortejo, é conquista, é fidelização.

Está bem! Você deve estar achando essa abordagem romântica demais, mas, de certa forma, negócio é como o amor: depende de decisão e compromisso. Decisão em escolher quem é o cliente que será cortejado, conquistado e fidelizado e compromisso em resolver os seus problemas e satisfazer suas expectativas, pois somente dessa forma esse amor será correspondido.

Isso significa pensar no cliente com a mesma lealdade que o coração consegue bater incessantemente 24 horas por dia, todos os dias, todos os anos de sua vida. Pensar no cliente 24 horas por dia é atuar como os pulmões, que absorvem fielmente, até quando o corpo dorme, todo ar que ele precisa.

Você sabe que a maior parte das empresas não atua de forma plena. A maioria debate-se em seus mercados para manter-se viva. Repete-se e parece viver numa agonia constante. As pessoas que lá estão, trabalham como zumbis, entorpecidas, fazendo as mesmas tarefas, do mesmo jeito, todos os dias. São empresas sem alma e, portanto, sem energia, sem inspiração, sem paixão para encarar a beleza e a alegria da dinâmica do mercado e da realização plena.

Faz-se necessário um novo olhar para as corporações, encarando-as como um organismo vivo com corpo, mente e alma e entendo que quando se incorpora esta visão, já não será mais necessário tanto esforço para consolidar seu papel no mercado fidelizando seu cliente, comprometendo sua equipe r ajudando a tornar o mundo um lugar melhor.

Pense nisso!