quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Planejamento de marketing e sua importância


Há uns 30 dias uma aluna do ultimo semestre de graduação em Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília pediu para que eu falasse um pouco sobre o planejamento de marketing e sua importância no contexto das empresas nos dias de hoje, bem como o espaço que esse profissional ocupa nas empresas de comunicação. Achei interessante publicar no blog dessa semana, pois faz tempo que não falo um pouco sobre o mercado da comunicação em si. A seguir os principais trechos da entrevista.


1. Pra você, o que é planejar?
Para mim, desenvolver a cultura de planejamento representa reconhecer a importância do planejamento antes da ação. Planejar é mais uma atitude do que uma tarefa. O primeiro atributo de um planejamento bem sucedido é a capacidade de rapidamente identificar o resultado final que se pretende.

Planejar significa juntar as etapas que levam ao fim desejado. Planejamento contém planos e metas. Planos contem objetivos e etapas.


2. Qual o perfil do profissional de planejamento em comunicação?
Além de visão sistêmica, que é a capacidade de enxergar a situação como um todo, o profissional de planejamento tem que ter duas características básicas: Informação e imaginação.

Informação sobre o projeto, sobre o resultado esperado, sobre o cliente e as necessidades.
Imaginação para antever o resultado esperado e estabelecer o que é necessário para chegar lá.


3. Qual é a função do planejamento?
Um bom planejamento está sempre errado uma vez que o futuro não se desenrolou exatamente como o planejado, mas deverá estar sempre certo se considerarmos que foi elaborado segundo os melhores critérios e avaliação naquele momento.

Um planejamento trata do futuro. Não só é impossível garantir algo no futuro, como também não se pode prever, projetar ou planejar o futuro com precisão acurada.

Portanto planejamento não é acertamento. Sua principal função é a preparação do futuro, uma vez que estabelece prioridades, otimiza recursos e organiza o processo.


4. Em que se baseia um planejamento de comunicação?
Além dos objetivos e importância que enumerei nas perguntas anteriores (e que servem para todo e qualquer tipo de planejamento) um plano de comunicação precisa também ter bem claro que tipo de imagem se deseja criar na mente do consumidor.

Philip Kotler afirma que marketing é uma batalha de percepção e, portanto, é fundamental que as diretrizes previstas no planejamento contribuam para a criação de uma imagem diferenciada na mente do publico-alvo.


5. Como você descreve o mercado de trabalho atual nessa área?
Presto serviços para pequenos e médios empresários. A maioria dessas empresas não possui cultura de planejamento e vive “apagando incêndios”, o que é natural. Nosso sistema educacional não prepara as pessoas para planejar, e sim para executar tarefas. Além disso, a estabilidade econômica é recente e a maioria ainda busca soluções em curto prazo. Resquícios ainda da Era Industrial.


6. Em que interfere sua atuação no sistema mercadológico de uma empresa?
Interfere na medida em que o planejamento e o monitoramento propiciado pelas ferramentas de marketing revelam a necessidade de mudanças no mix de produtos, realinhamento de preços e redesenho de processos de distribuição, eventuais “correções de rota” se fazem necessárias visando atingir os objetivos previstos.


7. Você acredita que Planejador esteja tomando o espaço do atendimento nas empresas de comunicação?
Não vejo dessa forma, acredito sim que o profissional que abandona os resquícios da Era Industrial e entende que a Era do Conhecimento e da Informação é que dita as regras do jogo atualmente tem mais chances de ocupar qualquer espaço, e não só nas agências, pois cada vez mais o mercado busca pessoas com capacidade para planejar e com visão de futuro. No atendimento não seria diferente, afinal quem não planeja o atendimento, dificilmente detecta corretamente as reais necessidades do cliente.


Até semana que vêm!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Lucratividade = Marketing

Quando abrimos um negócio, investimos toda a nossa paixão e conhecimento nos produtos ou serviços que vamos vender. Na maioria dos casos, como somos muito bons na confecção deles, decidimos então profissionalizar a atividade. No entanto, as vendas ficam longe de corresponder ao que se esperava. É aí que surgem questões como:

- Se sou um especialista neste negócio e meus produtos apresentam UMA SÉRIE DE VANTAGENS AO CONSUMIDOR, por que as vendas estão baixas?

- Ainda mais, se meus produtos têm todas estas vantagens e um PREÇO INFERIOR AO DOS CONCORRENTES, por que o número de vendas não está correspondendo ao esperado?

Aí você pensa:

- Por que os consumidores escolhem a concorrência?

- E, mais importante, como vou fazer para que eles repetidamente escolham a mim?

Na verdade, no mercado atual, produtos e serviços deixaram de atrair compradores por si só. Ter simplesmente um bom produto não basta para fazer sucesso. Sem dúvida, o que está acontecendo são os efeitos da competição no mercado:

- enorme variedade de produtos e serviços, e cada tipo apresenta inúmeras variações;
- desaparecimento de fronteiras entre categoria de produtos e setores de negócios;
- globalização permitindo a invasão de produtos com preços incríveis;
- e por aí vai…

Digo isso porque gostaria de mostrar a real concorrência a que um pequeno e médio negócio estão expostos. Quem pensa que seus concorrentes limitam-se a quem vende produtos iguais ou similares, está deixando de considerar a concorrência “invisível”, que muitas vezes pode até ser mais nociva aos negócios. Vou dizer mais: até 10 anos atrás, o consumidor estava limitado a menos de 80% de opções de tudo que existe para atrair a sua atenção:

- canais de televisão a cabo,
- opções de lazer,
- cursos e eventos educacionais,
- eventos em geral,
- revistas ultra-especializadas,
- internet (!).

E poderia continuar estendendo essa lista por pelo menos mais três linhas! E acredito que você até por mais de três!

Então, é necessário:
• destacar-se da confusão de marcas, tipo de produtos, opções de entretenimento, e do “tudo de tudo“,
• induzir as pessoas para dentro do seu negócio,
• fazê-las “perceber” o valor de seus produtos/serviços,
• fechar as vendas e
• provocar seu retorno para recompra.

Por isso tudo, competir sem um planejamento de marketing pode ser desastroso para a sua empresa.

Por outro lado, um programa profissional de marketing pode direcioná-lo a um enorme sucesso. Isso acontece porque o mundo é saturado com empresas “eu também estou aqui” e “meu preço é o melhor do mercado”.

A solução está em ter e comunicar uma diferença valiosa e adequada à percepção de seu público-alvo.

A verdade é que as pessoas NÃO procuram preços em tudo que compram, e estão dispostas a fazer negócios (e até pagar mais) por produtos e serviços que atendam a essas necessidades.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

2018 Está aí ! E você ? Não está nem aí ???



Falar menos, escutar mais; planejar menos, fazer mais; tomar menos refrigerante, beber mais água; ser menos ignorante, compreender mais os outros; ser menos ingrato, agradecer muito mais. E Você, o que vai fazer?


Pessoal,

2018 JÁ ESTÁ BATENDO NA PORTA. MAIS UM ANO QUE PASSOU VOANDO. ANO DE COPA DO MUNDO, ANO DE ELEIÇÕES. TALVEZ NA HISTÓRIA DESTE PAÍS, SERÃO AS ELEIÇÕES MAIS IMPORTANTES DE TODOS OS TEMPOS. O PAÍS ESTÁ MUDANDO, AS PESSOAS ESTÃO MUDANDO...

você? Ainda não tem idéia de como fazer diferente em 2018? Escolha uma das muitas ideias abaixo e toca o pau. Se puder faça tudo; se não der, faça o que puder.

1. Seja curioso sobre as coisas que ninguém se importa

2. Invista em você. Aprenda um novo idioma, aprenda a usar uma nova tecnologia, aprenda uma nova habilidade.

3. Cerque-se de pessoas melhores que você. Não seja mané de escolher amigos que sabem menos que você só para você parecer o mais galã do pedaço. No final do dia você vai ser a média das cinco pessoas que você se relaciona todos os dias. Portanto, pare de almoçar com Zé mané! E se você é o cara mais inteligente da sala, troque de sala.

4. Assuma a responsabilidade pelos seus erros. Para começar, PARE DE CULPAR O TEMER! PARE DE CULPAR O GOVERNO! Faça a sua parte! Ajude os pobres! Ajude quem está abaixo de você. Faça tudo com muito amor. Respeite quem pensa diferente de você. O seu estado das coisas NÃO TEM NADA A VER com os políticos!!! SE LIGA!!

5. Termine 2017 como ESPECIALISTA em alguma coisa. Duas ou três áreas no máximo. O resto, terceiriza. Faça parcerias com quem é bom no que faz. PARCERIAS!!! FAÇA MUITAS PARCERIAS EM 2018!!!

6. Invista em acumular experiências ao invés de bens materiais. Viaje. Faça exercícios. Assista a um bom filme. Leia livros. Participe de experiências culturais que o seu preconceito hoje te impede. Não se engane. Rico é o cara que vive experiências e não o cara que tem três carros e duas casas.

7. Em 2018, ARRISQUE o pescoço pelo que você acredita. Você só vive UMA VEZ! Não desperdice a sua vida vivendo o sonho de um zé mané que só pensa nele ou esperando a sua vez daqui trinta anos. A HORA É AGORA!!!

8. Não faça nada sozinho! De novo, procure parceiros. Tem gente boa em todos os lugares. Não se meta a fazer o que você não tem competência. Contrate quem sabe e que o seu bolso possa bancar.

9. Em 2018, faça PROSPECÇÃO! Invista no mínimo 10 horas por semana em prospecção de novos clientes. 2018 vai ser um ano difícil em muitos segmentos de mercado. Ninguém vai comprar nada. Todos vão economizar. Para os negócios saírem, você tem que trabalhar os clientes. Em 2018, invista 80% do seu tempo de vendedor com prospecção. E vamos que vamos.

10. Em 2018, seja HUMANO. Seja REAL. Seja TRANSPARENTE. Se você é gago, assuma a gagueira. Se você não sabe falar em público, e tem que falar, dane-se se alguém vai achar a sua apresentação meio-babaca.

Em 2018 seja VOCÊ. E quem não gostar, dane-se!

11. Em 2018, não gaste dinheiro com porcaria. Não compre só por comprar. As pessoas mais ricas do mundo são ricas porque são "econômicas". Elas não compram bolacha recheada para os filhos, ou refrigerante porque está em promoção. É tão difícil ganhar dinheiro... Não gaste com porcarias de curta duração. Invista o seu dinheiro em coisas que duram. Pense como um cara rico e não como esses pobres metidos a rico que estão torrando o pouco que ganham em besteiras que apenas engordam ou complicam a vida.

Em 2018, você TEM QUE IR PRÁ CIMA !

No topo do mundo tem muito pilantra. Faltam bons exemplos na elite brasileira. Se você é do bem, você TEM que dar certo! Se você é do bem, você TEM OBRIGAÇÃO de dar certo.

Em 2018, vamos pegar o que é nosso. Vai atrás do que pode ser seu. Se você não for atrás, algum imbecil ganancioso fútil e egoísta vai pegar para ele porque precisa de mais de mais para ostentar mais e mais.

Em 2018, te encontro no topo do mundo.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

5 Formas de desmotivar seus melhores colaboradores


Olá pessoal,

Um dos temas mais recorrentes nos fóruns de gestão corporativa é a retenção de talentos nas empresas. Ultimamente sabemos que tem sido uma tarefa árdua encontrar no mercado gente qualificada e com perfil para atuar com alto desempenho.

No entanto, quando você parece que encontrou uma pérola num oceano de mediocridade, ele que até então era um ótimo colaborador, responsável por bons resultados, inovador e motivado... não é mais o mesmo. Começa a não fazer o que é necessário, faz um certo corpo mole, está basicamente infeliz.

Como isso começa a impactar os negócios, você chega à conclusão de que esse profissional não é mais a pessoa mais indicada para fazer parte do time.

E isso é uma pena porque você vai perder um de seus maiores colaboradores – o que certamente não será bom para a empresa. O especialista Les McKeown enumera algumas práticas que levam seu funcionário à insatisfação e como parar com elas antes que isso vire um grande problema.

1. Prioridades que mudam sempre.
Esta atitude é um problema porque nada incomoda mais um bom profissional do que um gestor que não se decide ou que muda as prioridades de acordo com a última moda. Você identifica essa situação quando os empregados demonstram enfado quando uma nova iniciativa é apresentada. O que fazer: proponha estratégias de curto, médio e longo prazos e mantenha-as por um tempo razoável.

2. Mediocridade tolerada.
Os melhores profissionais deixam as empresas em que há tolerância para quem não faz a sua parte. Eles começam a se distanciar dos outros empregados ou mesmo a desdenhá-los e se mostram insatisfeitos quando os outros ganham prêmios ou bônus. O que fazer: dê objetivos ambiciosos para toda a organização e distribua prêmios (ou consequências, no caso de resultados ruins) para todos, de maneira consistente e justa.

3. Síndrome de prego redondo e furo quadrado.
Os melhores gostam de fazer aquilo em que são melhores, não ser usados como quebra-galho. Quando isso acontece, começam a não se engajar com suas tarefas e responsabilidades. O que fazer: repasse, junto com ela, o que quer que essa pessoa faça. Atualize as descrições dos cargos e oriente os melhores para realizarem aquilo que somente eles podem fazer.

4. Subutilização.
É parecido com a situação descrita no item 3. Se o funcionário é ótimo, não quer ficar largado de lado. Você identifica esse cenário quando o profissional está “metendo o bedelho” em áreas que não são de sua responsabilidade. O que fazer: peça à pessoa que faça uma lista do que poderia realizar com seu tempo livre. E faça uma análise da sua própria capacidade de delegar – se você tem um excelente profissional que está subutilizado, provavelmente é adepto da microgestão.

5. Eleição de favoritos.
A meritocracia é algo crucial, vital mesmo, para os melhores profissionais. Se você demonstra que tem seus empregados prediletos e dá a eles vantagens independentemente dos resultados, os “tops” certamente irão embora. É fácil de identificar essa situação se aquele funcionário que você contratou como um favor para um parente é mais feliz do que o seu melhor profissional. O que fazer: bom, aqui é óbvio, não?

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

O caminho da roça


por Roberto Tranjan

Olá Pessoal,

Se você tem um pé lá no sertão, sabe que o caminho da roça é aquele que torna mais fácil o trajeto de um lugar a outro. Até mesmo os habitantes das cidades, que nunca foram para o interior, têm sua própria versão dele – as ruas que todo mundo escolhe para ir e vir, por isso, mesmo sempre congestionadas. Trilhar o caminho da roça traz a garantia de alcançar o destino desejado no tempo certo. Não traz novidades, é certo, nem permite grandes descobertas. Apenas está lá, disponível para todos, e a maioria prefere segui-lo ao invés de qualquer outro.

O mercado, também é assim: repleto de “caminhos da roça”. São os vários trajetos percorridos todos os dias pelas mesmas empresas, do mesmo jeito, e que produzem sempre os mesmos resultados. Diante de uma mata imensa, repleta de espaços virgens, intocados, o caminho da roça parece ser o percurso óbvio. E quando alguém se arrisca a embrenhar-se pelo desconhecido em torno, em busca de alternativas, logo os demais tratam de lembrar à pessoa incauta da existência do caminho da roça. Afinal, o caminho da roça lá está para simplificar a vida e descomplicar os movimentos, evitar os perigos, pasteurizar as criaturas. É seguro e confortável. Mas não combina nem um pouco com o famigerado discurso em prol da criatividade e da inovação.

Verdadeiramente, o caminho da roça facilita a vida, mas se não nos aventurarmos por outros trajetos, passa a ser a única possibilidade. O caminho da roça é um facilitador e, ao mesmo tempo, um limitador de idéias e iniciativas. Toda vez que tentamos um trajeto novo, os registros mentais insistem em nos levar de volta para o caminho da roça.


Enganar a mente

O que fazer diante disso? Continuar trilhando o confortável caminho da roça traz visibilidade (afinal, dá para seguir com os olhos fechados, tão previsíveis todos os passos) e a ilusão da segurança, mas impede a construção de uma nova história e a criação de um negócio único. Então, é necessário, vital mesmo! Ousar, em busca de opções. Mas, para isso, é preciso “enganar” os nossos registros mentais. Existem algumas técnicas que funcionam como estímulos para enxergar outros e diferentes caminhos. Permitem criar um novo contexto e uma nova perspectiva e sair, nem que seja por breves períodos, do tradicional caminho da roça. Nessas escapadas podemos ter idéias que nos levarão a fazer novas conexões com outros caminhos.


Reformular o problema

Um dos exercícios para essa difícil virada é descrever o problema de uma maneira diferente e preparar a mente para abordá-lo de um modo inovador. Exemplo: um edifício de escritórios sofria com um elevador cronicamente lento. A administração chamou os especialistas para avaliar a estrutura. Eles chegaram à conclusão de que trocar o elevador por um novo modelo, mais rápido, exigiria a demolição e reconstrução de uma grande parte da estrutura construída, uma opção financeiramente inviável.

Reformularam, então, a perspectiva do problema: os inquilinos estão aborrecidos porque têm de esperar muito tempo, na entrada. Essa sutil mudança alterou o foco, levando a uma alternativa que se mostrou especialmente adequada, a um custo baixíssimo. A solução foi contratar marceneiros para instalar um grande espelho no saguão do elevador.

Em vez de se concentrar no visor e na expectativa de pronta chegada do elevador, as pessoas passaram a ocupar o tempo disponível na tarefa de observar sua própria imagem. Passaram a fazer – sem nenhum estresse – ligeiras correções, como ajeitar o cabelo e um detalhe ou outro da roupa, melhorando sua aparência.

Resultado: o volume de queixas baixou consideravelmente. E tudo graças à redefinição do problema: em vez de “o elevador é muito lento”, para “as pessoas estão chateadas”. Tratava-se, portanto, de procurar o que fazer para acabar ou reduzir com a situação desconfortável. Outras idéias: deixar a escadaria atraente e dar início a uma campanha de vida saudável para estimular os inquilinos a subir pela escada colocar poltronas e bancos pelo saguão para que as pessoas esperem com mais paciência alternar os horários de entrada e saída dos escritórios para aliviar o engarrafamento.

Quando o foco no produto e nos seus atributos é substituído pelo foco no cliente e suas necessidades, a imaginação corre solta. Experimente!


Fazer analogias

Trata-se de buscar um mundo correlato e aproveitar as experiências de outras pessoas ou outros ramos de atividade. Voltar-se para outras áreas, nelas buscando inspirações e respostas, é um jeito legítimo de romper bloqueios e buscar o pensamento divergente. Foi assim que inventaram o desodorante roll-on: quando alguém olhou para a caneta esferográfica e fez a conexão.

Tudo o que precisa ser feito é perguntar: “onde, no mundo, o meu desafio (ou algo parecido) já foi enfrentado?” Se você quer resolver um problema de velocidade, talvez o McDonalds e a Fórmula 1 sejam inspiradores.


Mudar o ângulo

Trata-se de desafiar as regras, a forma tradicional de pensar. Existe uma pergunta que provoca o status quo e remete ao pensamento divergente: “e se…?”
Exemplos: e se não fizermos nada? E se fizéssemos isso pela metade do custo? E se os consumidores comprassem duas vezes mais? E se mudássemos o processo? E se exagerássemos?

Usar o “e se…” é uma forma de desafiar as regras e suposições que fixam os caminhos da roça. Mudar o ângulo permite enxergar caminhos virtuais estimulados por provocações do tipo: o que poderia ser substituído? O que poderia ser combinado? O que poderia ser ampliado ou reduzido? O que mais o seu produto ou serviço poderia ser? O que poderia ser eliminado?


Buscar conexões inusitadas

O que tem a ver uma fábrica de carros com um frigorífico de abate de boi? A princípio, nada. Mas Henry Ford, observando o processo de abate de bois, criou, no sentido contrário, o sistema de produção em série e de montagem de veículos.
O que tem a ver carrapichos com fechos de vestuários? A princípio, nada. Mas George de Mestral, observando as centenas de ganchinhos dos carrapichos, inspirou-se para criar os fechos de velcro.


Óculos emprestados

Os estímulos em si não criam as idéias, mas ajudam a instigar a imaginação. Melhor ainda quando o exercício é feito em equipe. Se você combinar as suas idéias com as dos outros, terá idéias que nunca teve antes.

A troca é necessária! Todos nós temos os nossos pontos cegos, aquilo que não conseguimos enxergar. É salutar pedir os “óculos” dos outros emprestados. Há, nesse movimento, um sentido de compartilhamento e criação conjunta que pode ser, além de efetivo, muito gratificante. Todos nós temos um conjunto de inteligências que se somam às inteligências de outras pessoas. Se você não tem todo o conhecimento e experiência que necessita, junte-se a alguém que tem. A maior de todas as inteligências é pedir e aceitar ajuda.

Dois cavalos puxando, juntos, a mesma carroça podem mover mais do que a soma do peso que cada um é capaz de mover individualmente. Esse fenômeno recebe o nome de sinergia. É isso que acontece quando as pessoas pensam juntas.

Para praticar a sinergia, no entanto, há que acreditar na cooperação: valorizar as pessoas, valorizar as suas idéias (rejeitar uma idéia é rejeitar a pessoa que a teve) e valorizar o trabalho em equipe. E, sobretudo, acreditar que todos podem contribuir para a evolução do negócio, não apenas os empreendedores e o pessoal de primeiro escalão. Para tanto, o respeito ao ser humano é o ponto de partida. E, também, a confiança.

Por fim, é necessário dar tempo às idéias. É comum colocar a idéia no banco dos réus: o objetivo dos jurados é descobrir onde está o furo, onde falta lógica.

Suspenda o julgamento! As idéias precisam ganhar força e tamanho. Precisam ser cultivadas. Somente assim seremos capazes de nos desviar do caminho da roça e criar situações favoráveis às novas descobertas, novos caminhos, novas histórias e novos resultados.

Imaginar pode ser a chave, milagrosa, para o êxito. Além de tornar a vida muito, mas muito mais interessante e divertida!

Pense nisso!

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Rotina? No que te ajuda ?

Roberto Tranjan

Sempre acreditei que uma empresa deveria ser uma fábrica de idéias, só que não é o que acontece. Infelizmente a grande maioria não passa de uma oficina de reparos. Passam dias, meses, anos cometendo e corrigindo erros.

É tanto indicador, relatório, estatísticas, planilhas e comunicados sobre anomalias, erros, desperdícios, retrabalho, etc, etc, que fica evidente que as empresas preocupam-se em se preparar para NÃO ERRAR e não para INOVAR. Num ambiente de trabalho onde a palavra “erro” é mais pronunciada do que a palavra “idéia”, as pessoas lutam pela preservação do que já existe, pela manutenção, pelo establishment. NINGUÉM está preocupado em ousar e propor coisas novas. E aí está o erro maior!

Grande parte dos produtos que movimentarão a economia e que farão sucesso no futuro ainda não foi inventada. E, se as empresas não colocarem para trabalhar sua principal matéria-prima por excelência – a criatividade humana; estarão, então, fadadas, a buscarem a sobrevivência na repetição à exaustão.

Mas aí reside um dilema. As empresas típicas da era industrial são avessas ao novo. Estão preparadas, se muito, para a melhoria, ou seja, a repetição aprimorada. O pensamento está sempre voltado para produzir mais rápido, mais barato e melhor. Não estão organizadas para funcionar como usinas de idéias e, portanto não existe espaço para criar, explorar, desbravar. Sim, porque as idéias quase sempre transgridem normas e regulamentos.

No fundo, o fator limitante é um modelo mental totalmente dedicado à solução de problemas dentro de um espaço que permita o controle e não o livre exercício de produção de idéias.

Pense comigo. Em uma semana, quantas reuniões são feitas em sua empresa para solucionar problemas e quantas são feitas para produzir idéias? Quantas vezes insistimos em dar o mesmo tipo de solução para um problema que já está se tornando um clássico na empresa? Ainda que a solução não leve aos resultados pretendidos, quantas vezes insistimos em repeti-la?

Busque este novo olhar sobre sua velha rotina. Desconstrua este formato engessado, inútil e estéril que é viver fazendo sempre a mesma coisa e sonhar com resultados diferente. Lute para que a sua empresa funcione como uma usina de idéias.

Como?
  • Instigue a curiosidade de seus colaboradores, faça com que todos fiquem viciados em novidades.
  • Estimule todos a dar um pé na rotina. Acabe com a "caça á bruxas", estimule-os a ousarem e iniba o medo de cometerem erros. Foco na solução e não no problema.
  • Peça para que não esperem por instruções (isto evita padrões e repetições) e os estimulam a tomar iniciativas.
  • Provoque pausas no trabalho para que todos possam espairecer e refletir sobre um novo jeito de fazer o trabalho. Mude o cenário: faça reunião no jardim. Discuta o futuro com a sua equipe. Fale sobre o cliente, suas necessidades, presentes e futuras.
  • Jogue coisas velhas fora, limpe armários e gavetas, elimine tudo o que for do século passado. Faça com que deixem de pensar em problemas, para pensar em oportunidades.
  • Comemore e premie as boas idéias. Comemore também as que não são tão geniais. Enfim, comemore a atitude de ousar, criar, inventar!


Aceite, se quiser, uma verdade bem fora de sua rotina: a crise não existe! A crise existe para as empresas que não têm nada de novo para propor ao mercado. Na verdade, o que existe, e prejudica os resultados, é crise de imaginação.

Sempre haverá mercado para uma empresa única e uma idéia brilhante! Faça tudo para que a sua chegue a esse patamar, onde a concorrência não tem vez.

Verá que vale a pena!

Até a próxima!





sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Mercado. Um campo de batalha?


Como primeiro post deste blog, quero compartilhar com vocês um texto de Roberto Tranjan (para mim um mentor) que vai de encontro à minha visão de mercado. Não estou subestimando você leitor, mas como a proposta aqui é desconstruir certos paradigmas e formas de ver alguns conceitos, que mostrar que trata-se apenas de compreender o mercado de uma maneira diferente daquela que aprendemos na Era Industrial.

Lá, o mercado era um campo de batalha onde as empresas iam para guerrear umas com as outras na disputa de fatias cada vez maiores. O objetivo era conquistar um pedaço cada vez maior da pizza e, com isso, conseguir direitos do tipo: espoliar o cliente, acuar os fornecedores, sobrepor-se a quem quer que seja.

Não é sem motivo que muitos comparam o mercado com um oceano sangrento, e a comparação rendeu um dos melhores livros de estratégia que já li. “A Estratégia do Oceano Azul”. Que te ensina a tornar a concorrência irrelevante. Só este livro já renderia um post todo aqui no blog, mas vamos em frente.

É claro que você pode entender o mercado como um campo de batalha. Mas você pode entender o mercado também como um lugar de gente querendo contribuir com gente. O grande desafio está em conquistar a mente e o coração do nosso cliente e isso está mais para o amor do que para a guerra. E ver o mercado desta forma faz toda a diferença na hora de estabelecer as estratégias e conceber o negócio.

Quando entendemos o mercado como um lugar de contribuição, começamos a compreender o verdadeiro papel de uma empresa, que deixa de ter um foco apenas mercantil e de lucro a qualquer preço. A empresa é a maneira pela qual nós fazemos os negócios funcionarem. E negócio é cortejo, é conquista, é fidelização.

Está bem! Você deve estar achando essa abordagem romântica demais, mas, de certa forma, negócio é como o amor: depende de decisão e compromisso. Decisão em escolher quem é o cliente que será cortejado, conquistado e fidelizado e compromisso em resolver os seus problemas e satisfazer suas expectativas, pois somente dessa forma esse amor será correspondido.

Isso significa pensar no cliente com a mesma lealdade que o coração consegue bater incessantemente 24 horas por dia, todos os dias, todos os anos de sua vida. Pensar no cliente 24 horas por dia é atuar como os pulmões, que absorvem fielmente, até quando o corpo dorme, todo ar que ele precisa.

Você sabe que a maior parte das empresas não atua de forma plena. A maioria debate-se em seus mercados para manter-se viva. Repete-se e parece viver numa agonia constante. As pessoas que lá estão, trabalham como zumbis, entorpecidas, fazendo as mesmas tarefas, do mesmo jeito, todos os dias. São empresas sem alma e, portanto, sem energia, sem inspiração, sem paixão para encarar a beleza e a alegria da dinâmica do mercado e da realização plena.

Faz-se necessário um novo olhar para as corporações, encarando-as como um organismo vivo com corpo, mente e alma e entendo que quando se incorpora esta visão, já não será mais necessário tanto esforço para consolidar seu papel no mercado fidelizando seu cliente, comprometendo sua equipe r ajudando a tornar o mundo um lugar melhor.

Pense nisso!

sexta-feira, 6 de outubro de 2017



Olá! Meu nome é Eduardo Gyurkovitz e sou o administrador deste blog.

Sou um apaixonado por marketing e estratégia empresarial. Dedico-me já há alguns anos ao estudos deste tema tão rico e fascinante que é o mercado e seus movimentos, bem como as corporações que buscam se diferenciar e serem ouvidas claramente num ambiente de muito ruído e com clientes "imunizados" às abordagens tradicionais.

Criei este blog para compartilhar com vocês minha visão deste ambiente. Também pretendo compartilhar dicas e artigos que julgo interessantes à esta nova realidade. A diferença está na forma que abordaremos estes assuntos. A idéia aqui é revisitar estes conceitos sob perspectivas diferenciadas e inovadoras. Sem nos prendermos à padrões, modelos ou clichês que "viciaram" e "contaminaram" a mente de muitos profissionais ligados ao marketing e à gestão estratégica de empresas, limitando sua capacidade criativa de desconstrução de paradigmas.

Muitas das histórias que compartilharei aqui, são frutos de 8 anos de consultoria empresarial e casos reais de aplicação na prática destas idéias e conceitos.

Talvez você goste de  desconstruir modelos, conceitos e cenários como eu gosto. Mas, se não gostar, fica a seu critério usar os comentários do blog para deixar sugestões. Meu blog na verdade é seu, pois será você quem lerá minhas postagens, comentará sobre o que escrevo e concordará ou não com o conteúdo e a perspectiva abordada.

Seja bem-vindo e, se possível, compartilhe este espaço com aquele amigo seu que gosta de inovar e buscar um novo olhar sobre conhecidos temas.

Lembre-se: Para o peixinho dourado, quem está no aquário somos nós!

Até mais!