sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Rotina? No que te ajuda ?

Roberto Tranjan

Sempre acreditei que uma empresa deveria ser uma fábrica de idéias, só que não é o que acontece. Infelizmente a grande maioria não passa de uma oficina de reparos. Passam dias, meses, anos cometendo e corrigindo erros.

É tanto indicador, relatório, estatísticas, planilhas e comunicados sobre anomalias, erros, desperdícios, retrabalho, etc, etc, que fica evidente que as empresas preocupam-se em se preparar para NÃO ERRAR e não para INOVAR. Num ambiente de trabalho onde a palavra “erro” é mais pronunciada do que a palavra “idéia”, as pessoas lutam pela preservação do que já existe, pela manutenção, pelo establishment. NINGUÉM está preocupado em ousar e propor coisas novas. E aí está o erro maior!

Grande parte dos produtos que movimentarão a economia e que farão sucesso no futuro ainda não foi inventada. E, se as empresas não colocarem para trabalhar sua principal matéria-prima por excelência – a criatividade humana; estarão, então, fadadas, a buscarem a sobrevivência na repetição à exaustão.

Mas aí reside um dilema. As empresas típicas da era industrial são avessas ao novo. Estão preparadas, se muito, para a melhoria, ou seja, a repetição aprimorada. O pensamento está sempre voltado para produzir mais rápido, mais barato e melhor. Não estão organizadas para funcionar como usinas de idéias e, portanto não existe espaço para criar, explorar, desbravar. Sim, porque as idéias quase sempre transgridem normas e regulamentos.

No fundo, o fator limitante é um modelo mental totalmente dedicado à solução de problemas dentro de um espaço que permita o controle e não o livre exercício de produção de idéias.

Pense comigo. Em uma semana, quantas reuniões são feitas em sua empresa para solucionar problemas e quantas são feitas para produzir idéias? Quantas vezes insistimos em dar o mesmo tipo de solução para um problema que já está se tornando um clássico na empresa? Ainda que a solução não leve aos resultados pretendidos, quantas vezes insistimos em repeti-la?

Busque este novo olhar sobre sua velha rotina. Desconstrua este formato engessado, inútil e estéril que é viver fazendo sempre a mesma coisa e sonhar com resultados diferente. Lute para que a sua empresa funcione como uma usina de idéias.

Como?
  • Instigue a curiosidade de seus colaboradores, faça com que todos fiquem viciados em novidades.
  • Estimule todos a dar um pé na rotina. Acabe com a "caça á bruxas", estimule-os a ousarem e iniba o medo de cometerem erros. Foco na solução e não no problema.
  • Peça para que não esperem por instruções (isto evita padrões e repetições) e os estimulam a tomar iniciativas.
  • Provoque pausas no trabalho para que todos possam espairecer e refletir sobre um novo jeito de fazer o trabalho. Mude o cenário: faça reunião no jardim. Discuta o futuro com a sua equipe. Fale sobre o cliente, suas necessidades, presentes e futuras.
  • Jogue coisas velhas fora, limpe armários e gavetas, elimine tudo o que for do século passado. Faça com que deixem de pensar em problemas, para pensar em oportunidades.
  • Comemore e premie as boas idéias. Comemore também as que não são tão geniais. Enfim, comemore a atitude de ousar, criar, inventar!


Aceite, se quiser, uma verdade bem fora de sua rotina: a crise não existe! A crise existe para as empresas que não têm nada de novo para propor ao mercado. Na verdade, o que existe, e prejudica os resultados, é crise de imaginação.

Sempre haverá mercado para uma empresa única e uma idéia brilhante! Faça tudo para que a sua chegue a esse patamar, onde a concorrência não tem vez.

Verá que vale a pena!

Até a próxima!





sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Mercado. Um campo de batalha?


Como primeiro post deste blog, quero compartilhar com vocês um texto de Roberto Tranjan (para mim um mentor) que vai de encontro à minha visão de mercado. Não estou subestimando você leitor, mas como a proposta aqui é desconstruir certos paradigmas e formas de ver alguns conceitos, que mostrar que trata-se apenas de compreender o mercado de uma maneira diferente daquela que aprendemos na Era Industrial.

Lá, o mercado era um campo de batalha onde as empresas iam para guerrear umas com as outras na disputa de fatias cada vez maiores. O objetivo era conquistar um pedaço cada vez maior da pizza e, com isso, conseguir direitos do tipo: espoliar o cliente, acuar os fornecedores, sobrepor-se a quem quer que seja.

Não é sem motivo que muitos comparam o mercado com um oceano sangrento, e a comparação rendeu um dos melhores livros de estratégia que já li. “A Estratégia do Oceano Azul”. Que te ensina a tornar a concorrência irrelevante. Só este livro já renderia um post todo aqui no blog, mas vamos em frente.

É claro que você pode entender o mercado como um campo de batalha. Mas você pode entender o mercado também como um lugar de gente querendo contribuir com gente. O grande desafio está em conquistar a mente e o coração do nosso cliente e isso está mais para o amor do que para a guerra. E ver o mercado desta forma faz toda a diferença na hora de estabelecer as estratégias e conceber o negócio.

Quando entendemos o mercado como um lugar de contribuição, começamos a compreender o verdadeiro papel de uma empresa, que deixa de ter um foco apenas mercantil e de lucro a qualquer preço. A empresa é a maneira pela qual nós fazemos os negócios funcionarem. E negócio é cortejo, é conquista, é fidelização.

Está bem! Você deve estar achando essa abordagem romântica demais, mas, de certa forma, negócio é como o amor: depende de decisão e compromisso. Decisão em escolher quem é o cliente que será cortejado, conquistado e fidelizado e compromisso em resolver os seus problemas e satisfazer suas expectativas, pois somente dessa forma esse amor será correspondido.

Isso significa pensar no cliente com a mesma lealdade que o coração consegue bater incessantemente 24 horas por dia, todos os dias, todos os anos de sua vida. Pensar no cliente 24 horas por dia é atuar como os pulmões, que absorvem fielmente, até quando o corpo dorme, todo ar que ele precisa.

Você sabe que a maior parte das empresas não atua de forma plena. A maioria debate-se em seus mercados para manter-se viva. Repete-se e parece viver numa agonia constante. As pessoas que lá estão, trabalham como zumbis, entorpecidas, fazendo as mesmas tarefas, do mesmo jeito, todos os dias. São empresas sem alma e, portanto, sem energia, sem inspiração, sem paixão para encarar a beleza e a alegria da dinâmica do mercado e da realização plena.

Faz-se necessário um novo olhar para as corporações, encarando-as como um organismo vivo com corpo, mente e alma e entendo que quando se incorpora esta visão, já não será mais necessário tanto esforço para consolidar seu papel no mercado fidelizando seu cliente, comprometendo sua equipe r ajudando a tornar o mundo um lugar melhor.

Pense nisso!

sexta-feira, 6 de outubro de 2017



Olá! Meu nome é Eduardo Gyurkovitz e sou o administrador deste blog.

Sou um apaixonado por marketing e estratégia empresarial. Dedico-me já há alguns anos ao estudos deste tema tão rico e fascinante que é o mercado e seus movimentos, bem como as corporações que buscam se diferenciar e serem ouvidas claramente num ambiente de muito ruído e com clientes "imunizados" às abordagens tradicionais.

Criei este blog para compartilhar com vocês minha visão deste ambiente. Também pretendo compartilhar dicas e artigos que julgo interessantes à esta nova realidade. A diferença está na forma que abordaremos estes assuntos. A idéia aqui é revisitar estes conceitos sob perspectivas diferenciadas e inovadoras. Sem nos prendermos à padrões, modelos ou clichês que "viciaram" e "contaminaram" a mente de muitos profissionais ligados ao marketing e à gestão estratégica de empresas, limitando sua capacidade criativa de desconstrução de paradigmas.

Muitas das histórias que compartilharei aqui, são frutos de 8 anos de consultoria empresarial e casos reais de aplicação na prática destas idéias e conceitos.

Talvez você goste de  desconstruir modelos, conceitos e cenários como eu gosto. Mas, se não gostar, fica a seu critério usar os comentários do blog para deixar sugestões. Meu blog na verdade é seu, pois será você quem lerá minhas postagens, comentará sobre o que escrevo e concordará ou não com o conteúdo e a perspectiva abordada.

Seja bem-vindo e, se possível, compartilhe este espaço com aquele amigo seu que gosta de inovar e buscar um novo olhar sobre conhecidos temas.

Lembre-se: Para o peixinho dourado, quem está no aquário somos nós!

Até mais!